O fim da reeleição para cargos do Poder Executivo está cada vez mais próximo de se tornar uma realidade no Brasil. A recente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado representa uma mudança significativa no sistema político nacional. Com essa proposta, que prevê o fim da reeleição para presidentes, governadores e prefeitos, o país caminha para um modelo eleitoral renovado, onde as eleições também serão unificadas, alterando profundamente a dinâmica política e administrativa. O fim da reeleição surge como uma resposta a críticas antigas sobre o sistema vigente e como uma tentativa de fortalecer a democracia brasileira.
A proposta do fim da reeleição prevê que a partir de 2030 presidentes e governadores não poderão mais disputar um segundo mandato consecutivo, enquanto para prefeitos a medida entraria em vigor já em 2028. Essa mudança busca acabar com a possibilidade de que gestores usem a máquina pública para garantir sua permanência no poder. O fim da reeleição tem sido defendido como uma forma de renovar a política, evitando o desgaste que mandatos longos e consecutivos podem provocar, além de promover maior alternância e diversidade na representação dos cargos executivos.
Além do fim da reeleição, a PEC também propõe a unificação das eleições municipais e gerais, que passariam a ocorrer simultaneamente a cada cinco anos. Essa alteração no calendário eleitoral tem como objetivo principal gerar economia aos cofres públicos, uma vez que a realização de eleições a cada dois anos implica em altos custos para o Estado. O fim da reeleição, somado à unificação das votações, promete reduzir gastos e otimizar o processo democrático, tornando as eleições mais eficientes e menos desgastantes para os eleitores e para os órgãos responsáveis.
O relator da PEC, senador Marcelo Castro, destacou que existe um consenso na classe política e na sociedade em favor do fim da reeleição. Segundo ele, essa medida elimina um mecanismo que nunca deveria ter sido instituído na Constituição, por contribuir para práticas políticas questionáveis. O fim da reeleição é visto como um avanço para fortalecer a democracia, pois incentiva a renovação e evita que o poder se concentre por longos períodos nas mãos dos mesmos gestores, diminuindo riscos de corrupção e clientelismo.
A proposta enfrenta desafios logísticos que precisam ser considerados para que o fim da reeleição e a unificação das eleições funcionem plenamente. O Tribunal Superior Eleitoral alertou para a complexidade de analisar milhões de candidaturas em um único pleito. No entanto, a experiência histórica e os avanços tecnológicos, como o uso da urna eletrônica e a digitalização do processo eleitoral, indicam que o sistema está preparado para se adaptar. O fim da reeleição, aliado a essas inovações, deve trazer um processo eleitoral mais moderno e menos burocrático.
Para os eleitores, o fim da reeleição pode significar um impacto positivo na forma como acompanham e participam da política. Com mandatos limitados e eleições unificadas, a expectativa é que haja mais foco nos resultados entregues pelos governantes durante o mandato, sem a pressão constante da busca pela reeleição. Isso pode fomentar uma política mais orientada para a gestão e menos para campanhas permanentes, promovendo maior responsabilidade e comprometimento dos eleitos com a população.
No Congresso Nacional, o fim da reeleição está prestes a ser votado em plenário, e a expectativa é que tenha aprovação expressiva. Caso a PEC seja confirmada, o Brasil passará por uma mudança histórica em sua organização política, com impactos que reverberarão em todas as esferas de governo. O fim da reeleição pode ser o começo de um novo ciclo, que valoriza a alternância e a renovação, aspectos fundamentais para a consolidação da democracia.
Em resumo, o fim da reeleição representa uma transformação necessária para o sistema político brasileiro. Com a promessa de economia, maior renovação política e modernização das eleições, essa medida tem ganhado apoio crescente entre políticos e cidadãos. A unificação das eleições, somada ao fim da reeleição, pode tornar o processo eleitoral mais transparente, menos oneroso e mais democrático, configurando uma nova era para a política nacional.
Autor: Timofey Filippov