Os astronautas da NASA, Suni Williams e Butch Wilmore, que estão atualmente em órbita a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) como parte do primeiro voo de teste tripulado do Boeing Starliner, esclareceram que não se sentem “abandonados” ou “presos” no espaço. Em uma entrevista à CNN, a dupla respondeu a declarações feitas por Elon Musk e Donald Trump, que insinuaram que eles foram deixados à própria sorte pela administração anterior. Williams e Wilmore enfatizaram que estão “preparados e comprometidos” com sua missão.
Durante a entrevista com Anderson Cooper, Wilmore expressou sua frustração com a narrativa de abandono que tem circulado. Ele afirmou que essa retórica não reflete a realidade do programa de voos espaciais tripulados da NASA. “Não nos sentimos abandonados, não nos sentimos presos, não nos sentimos desamparados”, disse Wilmore, pedindo ajuda para mudar a narrativa em torno de sua situação. A declaração reflete a determinação da dupla em desmentir as alegações e reafirmar seu compromisso com a missão.
Williams também reiterou que, desde o início, eles estavam cientes de que este era um voo de teste e que poderiam enfrentar desafios. “Sabíamos que provavelmente encontraríamos algumas coisas erradas com a Starliner e encontramos alguns problemas, então isso não foi uma surpresa”, comentou. Essa perspectiva demonstra a preparação e a resiliência dos astronautas diante das dificuldades que surgiram durante a missão.
As alegações de Musk e Trump surgiram no final de janeiro, quando Musk afirmou que o governo Biden havia deixado os astronautas “abandonados” e que Trump havia solicitado à SpaceX que os resgatasse. Musk postou em suas redes sociais que a administração Biden deveria agir rapidamente para trazer os astronautas de volta. Essas declarações geraram polêmica e levantaram questões sobre a gestão da NASA e suas operações.
No entanto, a NASA já havia estabelecido um plano para o retorno de Williams e Wilmore em agosto, muito antes das declarações de Musk e Trump. A agência havia solicitado à SpaceX que realizasse a missão Crew-9 para trazer os astronautas de volta da ISS. Um atraso na partida foi anunciado em dezembro, pois as equipes da missão precisavam de mais tempo para preparar um novo veículo SpaceX, o que não estava relacionado a pressões externas.
Recentemente, a NASA anunciou que poderia trazer os astronautas de volta algumas semanas mais cedo, optando por mudar a cápsula SpaceX Crew Dragon que usará para a missão Crew-10. A nova data de lançamento para a Crew-10 está programada para 12 de março, dependendo da prontidão da missão. Essa mudança no cronograma não foi influenciada por diretrizes políticas, mas sim por decisões operacionais da NASA.
A missão Crew-10 incluirá uma nova equipe de astronautas, e a NASA está gerenciando cuidadosamente o cronograma de rotação da tripulação. Williams e Wilmore, que inicialmente deveriam passar apenas uma semana na ISS, acabaram se juntando à tripulação oficial da estação e se tornaram parte de sua rotação de pessoal. Essa adaptação demonstra a flexibilidade e a capacidade de resposta da equipe da NASA em situações imprevistas.
Em resumo, Suni Williams e Butch Wilmore estão determinados a desmentir as alegações de abandono e reafirmar seu compromisso com a missão a bordo do Starliner. Com uma abordagem focada na preparação e na resiliência, os astronautas estão prontos para enfrentar os desafios que surgirem e continuar contribuindo para a exploração espacial. A situação destaca a importância de uma comunicação clara e precisa em relação às operações da NASA e à segurança de seus astronautas.