Conforme aponta Paulo Roberto Gomes Fernandes, a aprovação norte-americana de uma nova patente para lançamento de tubos rígidos marcou um momento relevante na trajetória da Liderroll e reforçou sua atuação internacional. O reconhecimento, concedido pelo USPTO, foi recebido pela companhia no Rio de Janeiro e consolidou o método automatizado desenvolvido pelo engenheiro Paulo Roberto Gomes Fernandes, ampliando o catálogo de patentes registradas pela empresa nos Estados Unidos.
Mesmo após anos da oficialização, o impacto técnico e industrial permanece atual, sobretudo diante do avanço da inteligência artificial aplicada à engenharia de dutos e às exigências crescentes de eficiência e segurança nas operações offshore e portuárias.
Sistema patenteado e automação inteligente, segundo Paulo Roberto Gomes Fernandes
Na ocasião, Paulo Roberto Gomes Fernandes destacou que o sistema aprovado reúne automação total e suporte de IA para cada etapa do processo: desde o recebimento dos tubos até o bobinamento final para embarcações lançadoras. A tecnologia foi concebida para otimizar:
- manipulação e alinhamento dos tubos na Fire Line;
- formação de stalks de até 3 km;
- empilhamento, inspeção e interligação;
- preparação integral antes do embarque;
- redução de riscos operacionais e climáticos.
O engenheiro reforçava que o objetivo era oferecer às operadoras um processo contínuo, rápido e altamente previsível, eliminando variações manuais e diminuindo custos associados a soldagem, inspeções repetidas e atrasos logísticos.
Como funciona o método patenteado
O sistema opera em loop contínuo, permitindo que a embarcação atraque e realize a “puxada” de maneira ininterrupta. Em um exemplo citado por Paulo Roberto Gomes Fernandes, um navio de grande porte como o Pioneering Spirit pode carregar até 60 km de dutos de 12 polegadas em um único carretel. Na metodologia tradicional, cada trecho de 500 a 1.200 metros exige soldagem, inspeção e manipulação individual, um processo lento, caro e sujeito a intempéries.

O método patenteado elimina essas etapas manuais, pois todo o duto já chega à embarcação totalmente montado, inspecionado e pronto. A estrutura utiliza:
- roletes motrizes lineares;
- automação contínua com sensores;
- supervisão por IA;
- pontes rolantes sincronizadas em toda a tubovia.
Resultado: zero necessidade de escavadeiras, zero dependência de habilidades individuais e um ganho significativo de segurança operacional.
Reconhecimento técnico e rigor do processo de aprovação
As autoridades norte-americanas analisaram o projeto sob critérios de originalidade, aplicabilidade industrial e unicidade técnica. O processo, historicamente rígido, validou a metodologia como inédita no mercado global. Para Paulo Roberto Gomes Fernandes, a aprovação simbolizou não apenas uma conquista empresarial, mas um avanço para a engenharia dutoviária brasileira como um todo.
Segundo o engenheiro, todo o desenvolvimento, da concepção à construção de protótipos e simulações, foi financiado pela própria empresa, sem incentivos governamentais. O esforço interno foi decisivo para consolidar a inovação e assegurar competitividade internacional.
O impacto industrial da patente para lançamento de tubos rígidos
O sistema automatizado reduz em mais de 50% a área necessária para instalação de uma spool base, permitindo operações mais compactas em regiões portuárias. A verticalização do processo diminui riscos, amplia produtividade e traz uma alternativa moderna a um modelo de execução considerado ultrapassado por muitos especialistas.
Ao longo dos anos, a patente passou a ser vista como referência mundial para operações offshore que exigem alta precisão, grandes volumes e janelas de execução reduzidas.
Autor: Timofey Filippov

