Presidente tem afirmado a auxiliares que quer evitar o que houve nas gestões Temer e Bolsonaro, com “volatilidade” da gasolina e do diesel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido a auxiliares próximos que a Petrobras precisa de previsibilidade e menos volatilidade em sua política de preços.
Na terça-feira (8), a empresa anunciou aumento dos preços da gasolina e do gás de cozinha. O reajuste dos valores foi o primeiro aplicado neste ano.
Segundo relatos feitos, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou Lula sobre a necessidade de uma elevação, já que os valores estavam defasados.
Na conversa, Lula concordou com Magda, mas defendeu que a empresa adote cautela nas alterações de preços.
O presidente tem afirmado que os anúncios devem ser feitos com uma espécie de espaçamento, tanto para aumento como para diminuição de preços.
Um auxiliar do presidente disse à CNN que a ideia é observar se realmente uma eventual desafasagem é transitória ou permanente antes de um repasse para os consumidores.
Lula quer evitar o que o governo petista chama de uma “volatilidade permanente” observada na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em 2021, por exemplo, o preço dos combustíveis teve 18 alterações. E em 2022, durante as eleições presidenciais, passou por dez mudanças.
No ano passado, por exemplo, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, houve cinco alterações no preço da gasolina.
A mudança se deve também a uma alteração na política de preços da empresa estatal, que deixou de seguir a paridade dos preços internacionais, baseados na cotação do dólar e do mercado internacional.